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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Amor indeciso

Qual é o momento certo para se dizer que se ama uma pessoa? Quando podemos dizer que gostamos de uma pessoa a ponto de se sacrificar para ver seu bem? O amor aparece e desaparece tão rápido quanto o vento, nos confunde, crava em nosso peito um fervor e em nossa mente uma imagem: a da pessoa amada.

O amor tem várias formas, Amor não se vende, Amor não se compra, Amor não se troca, ele apenas se transforma, de amor de amigo para Amor de alguém um pouco mais... especial, mas quando podemos dizer que amamos alguém com mais fervor? Quando podemos olhar nos olhos de uma "amiga" e dizer que a amamos? "Eu te amo" é uma frase pesada, querendo ou não deixa uma marca no peito de quem a escuta, ela não pode ser jogada ao vento como uma folha.

Então a dúvida nos cerca: quando o amor de amigo se torna Amor com "A" maiúsculo? Não sei, espero descobrir logo, pois amar já é difícil, amar e não querer admitir é pesado.

sábado, 10 de setembro de 2011

Amor, incerteza



Me sinto talvez um pouco sem rumo, talvez porque a vida me fez assim, sim, a vida, não gosto de por em Deus a culpa pelos meus pensamentos. Me sinto incapaz de me defender de mim mesmo, mas enfim, eu nem mesmo quero me defender, quero ser dilacerado pela brisa da noite, quero andar sendo julgado pelo olhar das vitrines, pelo tempo nas pedras das calçadas, pela leitura dos artistas entusiasmados, quero ser culpado de cada vez menos olhar quem me pede esmola, quero ser castigado por ser tão egoísta, quero que me apontem, me estilhacem...

Me sinto talvez culpado, culpado por ser assim, culpado por não mudar, culpado por não tentar mudar, culpado por amar. Ora! Se Romeu amava Rosalina e se apaixonou por Julieta! Poderia eu amar alguém e me apaixonar por outro alguém? Será que sou tão raso a ponto de meu amor estar nos olhos, não no coração? Será que estou eu tentando enganar a mim mesmo? Maldito amor, nele "só existe o que há de pior no homem", nele só há incertezas, nele só há Rosalinas.

Levanta então o poeta ferido, ferido por sua própria seta, que confeccionou para atingir a Outra de sua poesia. Sou o louco, o poeta. Poeta, indigno, sou o cão que tem o amor como sarna, impregnado em minha pele, não posso nem dormir sem que Julieta saia de meus pensamentos e mal conheço Julieta me sinto mal por não ter conquistado Rosalina. Amor, habita o raso de meus olhos e o fundo de meu coração.

Confuso, ingrato, poeta maldito, nem sequer conheço a gramática, nem sequer escrevo sonetos perfeitos, e o maldito amor me faz dizer que sou poeta.

Amor, maldito e ingrato, que nos dá apenas a febre chamada paixão.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Arqueira...



Há um nó em minha garganta e um aperto em meu peito, cada vez que penso nela o nó aperta, cada vez que olho para ela o aperto aumenta. Sinto que meu ar está acabando, sinto que meu coração está parando, mas quando ela chega perto meu coração volta a bater, dispara.

Sou um covarde, não tenho coragem de dizer o que meu coração sente, ensaiei dezenas de formas, escrevi dezenas de poemas, mas me falta a coragem para mostrar-lhe. Sou um artista, um sonhador, um poeta, mas do que ela gosta? Apesar de saber o que falar não sei como falar, não sei como falar sem magoá-la caso ela não sinta o mesmo, não sei como falar sem parecer apenas mais um, não sei como falar com um Anjo sem parecer um mero mortal.

Se o amor é uma flecha ela é arqueira das melhores, pois com um só disparo acertou minha cabeça e meu coração. Sinto que devo me declarar ou esse nó não sairá da minha garganta, esse aperto não desatará meu coração e esse desespero não deixará minha alma.

Não temo a morte, temo apenas morrer arrependido, e não quero morrer arrependido de não ter dito a ela, olhando no fundo de seus olhos de mel, que a amo, que daria minha vida por ela sem pensar uma única vez, que escrevi um livro de poesias inspiradas nela, que por ela chorei, que por ela cantei, que com ela sonhei...

Arqueira insensata, anjo de cabelos dourados, sinto que esse desespero deixará de me atordoar assim que declarar tudo o que sinto, sem esperar em troca nada, além da promessa de que ela será feliz, pois vê-la feliz é o que basta para meu coração sorrir, e me guio por ele, pois o coração, "apesar de ser bandido, nunca foi nem nunca será um mentiroso..."

domingo, 7 de agosto de 2011

Diálogo sobre o Amor



Coração, maldito e ingrato
Do amor é cúmplice ou vítima?
Vítima
É ele que padece todas as dores
Embora também desfrute de todos os prazeres...
Então seria os dois?
Seria a forma e a potência?

O Amor...
Um amor é um algoz cego...
Um ceifeiro sem rumo...
É uma criança que brinca...
E nós somos seus brinquedos
A vida passa errante...
E estamos perdidos em meio as tempestades do amor.


                                                                   Alice e Hamlet

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ela, na tarde de outono



E o vento, o vento que corta os bosques e traz seu perfume, por mais que esteja distante olhando algo sem ver nada em volta... o vento que balança seus cabelos e os fazem parecer dançar no ar da tarde cinza.

As folhas de outono, que caem no chão e colorem o dia frio, mantém viva a esperança de vê-la ainda hoje, e de tocar novamente seu corpo, sua pele, sua boca... as folhas voam ao vento e caem no chão, sem aviso, sem cerimônia, sem barulho, apenas com o sopro.

E as árvores, seminuas ao vento, acompanhando a calma da tarde. As árvores chacoalham e as folhas voam ao vento, levando o destino pra perto e pra longe de ti. As árvores, ainda que dançantes, não devem te trazer até mim, mesmo que possam.

E seu corpo, leve e belo, dançando numa tarde cinza e fria, perfumando o vento que corta os bosques, fazendo voar as folhas coloridas, acompanhando o ritmo das árvores. E as curvas, dançantes ao vento, perfeitas na trilha, longa trilha, pela qual chegarei. Te quero, te desejo, mais do que tudo, mais do que nunca, tenho fome de você, tenho sede de seu amor, quero agarrar-te, quero tê-la, dançando em meus braços, dormindo em meu corpo, suave na tarde.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Mergulhando



Mergulho em meus pensamentos e me deixo envolver, procuro saber o que penso e encontro milhões de ideias começadas por uma mente em ebulição, uma mente que cria mundos e viaja por estradas distantes procurando a felicidade nas fronteiras da imaginação.

Mergulho em minhas lembranças e vejo bons momentos, vejo pessoas que me amam e que eu amo, vivo encontros felizes em noites de festa e momentos inesquecíveis em manhãs de vento fresco. Encontro desafios já superados e caminhos já vividos nas curvas do tempo.

Mergulho em meus problemas e me perco em mares de angústia, o ar quase acabando, o desespero bate, tento voltar à superfície e não consigo, me debatendo entre corais de dor vejo uma luz e nado em sua direção. Encontro a saída, estou sujo, molhado, sangrando, mas me sinto satisfeito ao saber que há uma saída e que sou capaz de encontrá-la.

Mergulho nos meus sonhos e vejo uma casa de madeira, uma tarde chuvosa, uma estrada de terra molhada, um trigal dourado, árvores dançando ao vento, águias na tempestade e ela... Mergulho em meus sonhos e vejo um anjo de cabelos dourados, de voz doce e de olhar suave... vejo seus olhos, os mais lindos, olhos de mel... Olho através da janela da vida e vejo a mulher dos meus sonhos... e me pergunto... se ela também está na janela... e se ela lembra que existo...