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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ela, na tarde de outono



E o vento, o vento que corta os bosques e traz seu perfume, por mais que esteja distante olhando algo sem ver nada em volta... o vento que balança seus cabelos e os fazem parecer dançar no ar da tarde cinza.

As folhas de outono, que caem no chão e colorem o dia frio, mantém viva a esperança de vê-la ainda hoje, e de tocar novamente seu corpo, sua pele, sua boca... as folhas voam ao vento e caem no chão, sem aviso, sem cerimônia, sem barulho, apenas com o sopro.

E as árvores, seminuas ao vento, acompanhando a calma da tarde. As árvores chacoalham e as folhas voam ao vento, levando o destino pra perto e pra longe de ti. As árvores, ainda que dançantes, não devem te trazer até mim, mesmo que possam.

E seu corpo, leve e belo, dançando numa tarde cinza e fria, perfumando o vento que corta os bosques, fazendo voar as folhas coloridas, acompanhando o ritmo das árvores. E as curvas, dançantes ao vento, perfeitas na trilha, longa trilha, pela qual chegarei. Te quero, te desejo, mais do que tudo, mais do que nunca, tenho fome de você, tenho sede de seu amor, quero agarrar-te, quero tê-la, dançando em meus braços, dormindo em meu corpo, suave na tarde.

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