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quarta-feira, 20 de julho de 2011

A incurável doença da escrita



Já dizia Juvenal, o romano, pelo menos vinte séculos atrás, da incurável doença, que nos obriga a escrever, sem rumo, sem motivo, sem destino, apenas palavras nos guiam. Somos nós escravos do impulso, determinados a escrever o que vier à mente, no que estiver por perto e se isso não for o bastante escrevemos até alguém ousar ler, pois sentimos sede de nos expressarmos.

Seria vontade dos outros saberem o que pensamos? Seria uma vontade de falar o que não temos coragem? Seria vontade de fugir desse palco de loucos e viajar por outros palcos? Sinceramente, não sei. Sei apenas que quanto mais escrevemos mais queremos escrever, alguns chamam de dádiva e outros de maldição, mas não importa. Enquanto houver quem leia não escrevemos em vão! Notívagos? Talvez, às vezes só a madrugada nos faz sentir bem para escrever, mas ainda que o dia nos afaste essa vontade louca basta que caia uma gota de chuva para que o petrichor invada nossas mentes e novamente nos faça mensageiros da alma.

Mas também existem os outros, os outros que não conseguem parar de ler e que não param enquanto não chega ao fim o romance, a história, a loucura... E esses são parte de nossos leitores. E esses respeitamos assim como respeitamos nós mesmos, pois entendemos o que os fazem querer ler.

Hipergrafia, é assim que chamam o que temos... Não sabem de nada...

Apenas peço que leia o que escrevo e se quiser que eu também leia o que escreve também o farei com prazer, basta que me peça e me diga o que ler e por onde eu passar direi o que senti e sempre que puder retornarei e lerei novamente. Mas só peço que leia e diga o que sentiu.

Um comentário:

Minhas palavras são um grito de socorro em um mundo que não me entende.
Grite comigo!